quinta-feira, 29 de abril de 2010

Lamento - Pixinguinha



Musica "Lamento" de Pixinguinha e Vinicius de Moraes, cantado pelo conjunto MPB4.

Conta Altamiro Carrilho que este choro surgiu após Pixinguinha e os oito batutas (grupo de choro) serem barrados num dos hotéis de luxo de Copacabana, pois, segundo o porteiro, negros só podiam entrar pela porta dos fundos.

Depois de descobrir quem eram os barrados, o porteiro foi se desculpar com Pixinguinha que só dizia "lamento que isso tenha acontecido".

Apesar da música não fazer referência ao acontecido, fica como curiosidade e para a reflexão. (e se não fosse o Pixinguinha? Somente não teriam as desculpas ou o chorinho)

A letra para que os bons samaritanos decorem!

Morena tem pena
Mas ouve o meu lamen...to

Tento em vão

Lhe esquecer

Mas olha, o meu tormento
É tanto, que eu vivo em pranto,
Sou todo infeliz

Não há coisa mais triste, meu benzinho,
Que este chorinho que eu te fiz

Sozinho, morena

Você nem tem mais pe...na

Ai, meu bem

Fiquei tão só

Tem dó, tem dó de mim
Porque eu estou triste assim
Por amor de você

Não há coisa mais linda neste mundo
Que o meu carinho por você

Meu amor, tem dó
Meu amor, tem dó

Coloquei esta versão por estar com a letra, mas pra quem tiver interesse, tem uma versão maravilhosa onde o Pixinhguinha toca saxofone, acompanhado de Baden Powell no violão e João da Baiana na "faca no prato". Essa video faz parte do documentário "Saravah", mas partes dele podem ser facilmente encontradas no Youtube.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Art Popular - É no pagode




Aí vai mas uma sugestão de pagode para a roda! Como essa música tem apenas três notas (segundo o cifras.com, que sempre está errado) não teremos grande dificuldade com o cavaco.
segue a letra, que será o grande problema:

Quero ver você abalando no pagode
Toda produzida, de topinho com decote
De sainha rodadinha, rebolando até o chão
Salto plataforma que tremendo avião
Que pousou no meu pagode me levou até a lua
Sonhei com você essa noite toda nua
Me chamando de amor, me chamando de paixão
Gata, você sabe, balançou meu coração.

É no pagode, é no pagode lelelelele
É no pagode, é no pagode lelelelele

Eu me amarrei no seu jeitinho de sambar
Nesse seu gingado, no sorriso, no olhar
Nessa boca que gracinha, dá vontade de beijar
Mas eu to na minha e não posso avançar
O sinal está fechado e na pista tem radar
Não posso correr só andando devagar
Devagar a gente chega onde a gente quer chegar
Vou no sapatinho pra poder te conquistar.

É no pagode, é no pagode lelelelele
É no pagode, é no pagode lelelelele

domingo, 11 de abril de 2010

Pagode no Cacique



Segundo nosso careca mais querido do Pagode do Souza, qualquer semelhança com nosso pagode é só por causa da filmagem (e não a qualidade musical! rs)!!!

Segue também a letra da primeira música "Água de chuva no mar" de Wanderley Monteiro:


O..... meu coração, hoje tem paz
Decepção, ficou pra trás
Eu encontrei, um grande amor
felicidade enfim chegou

Como o brilho do luar
Em sintonia com o mar
Nessa viagem de esplendor
Meu sonho se realizou

A gente se fala no olhar..... no olhar!
É água de chuva no mar..... no mar!
Caminha pro mesmo lugar
Sem pressa sem medo de errar
É tão bonito..... é tão bonito o nosso amor

A gente tem tanto querer.......que...rer!
Faz até a terra tremer.......tre...mer!
A luz que reluz meu viver
O sol do meu amanhecer é você



"Por hoje é só pessoal"
(LONGA, Perna. "Loney Tunes")

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Gurufim

Em homenagem ao careca mais amado do núcleo duro do Pagode do Souza. Uma música para cantarmos.

GURUFIM
Letra de Jorge Carioquinha (mas também achei que é de Lino Roberto - Dominguinho - Bafo da Onça), cantado por Cláudio Camunguelo.

Eu vou fingir que morri
Pra ver quem vai chorar por mim
E quem vai ficar gargalhando no meu gurufim
Quem vai beber minha cachaça
E tomar do meu café
E quem vai ficar paquerando a minha mulher
Quando o caixão chegar
Eu me levanto da mesa
E vou logo apagar
As quarto velas acesas
E vou dizer pra minha mãe
Não chora
Amigo a gente vê é nessa hora

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Miudinho meu Bem, Miudinho

Se você já ouviu a expressão "miudinho", mas não sabe o que é. Se você já ouviu e sabe o que é. E se nunca ouviu, mas quer ouvir, fique com duas amostras deliciosas.
Miudinho é um jeito todo específico de dançar numa roda de Partido Alto e é muito apreciado pelos antigos, como o grandecíssimo João da Bahiana. É um prato cheio para os bons dançarinos mostrarem pra que vieram. Reza a lenda que quem dança o Miudinho jamais deixa a roda solitário.

Fiquemos com a gostosa letra de Arlindo Cruz e Franco, e a performance ainda mais gostosa dos dois "números baixos" do Cacique, Bira Presidente e (U)Birany. Notem a elegância.



Esse primeiro video é da gravação para o melhor programa de TV do mundo, o "Ensaio" da TV Cultura, produzido pelo genial Fernando Faro. Existe disponível em DVD no sítio da TV Cultura, que também botou ele inteiro no Youtube, com a desvantagem de não ser muito simples seguir na ordem, de modo que prejudica um pouco na hora de ver...



Esse segundo é uma gravação para o DVD ao vivo do Fundo, que eu não achei a data. Note a presença no coro da deliciosa cantora Analimar. Mais uma com o pedigree da Família "José Ferreira". Mas assim como a irmã Mart'Nália, Analimar não vive só com o nome do papai Martinho não... Segue a mesma trilha da cumadre realizando estágios com os mais diversos tipos de sambistas. Coisa fina.

Segue a letra, lembrando que letra de partido alto sempre vareia:

Miudinho meu Bem, Miudinho
Arlindo Cruz/Franco

Pisa manso nessa dança pedaço de mal caminho
Faz passinho de criança e balança com carinho
Que vale um vintém
Miudinho meu bem miudinho
Balança com muita elegância
Na dissonância do meu cavaquinho
Meu bem miudinho meu bem

Você é neta de Dora Rainha do frevo e do Maracatu
cai num fandango adora um fricote
Se rala num xote baião e Lundu
Seu bisavô que era o rei da embolada
Quis armar uma cilada pro seu filho de Xerém
Maior calangueiro do rio de janeiro
Pintou no terreiro não deu pra ninguém então vem

Essa dança não é afoxé bate mão bate pé
Pra ficar bonitinho meu bem
Miudinho. Meu bem.

Bole bole que eu sei que não é mole
Afunfá um fole nesse miudinho meu bem
Miudinho meu bem.

A sua madrinha foi dançar bumba meu boi
Nunca mais quis voltar
Sua tia até hoje anda dançando ciranda
Pra bandas de lá

E no sufoco vi seu pai dançando côco lá na praça do barroco
Pra arrumar um pixolé
Se toda família já dançou quadrilha se liga na pilha
Vem dizer no pé vem a fé.

Se dançou um vasado já dançou um reisado
Já leva um jeitinhjo
Miudinho meu bem miudinho.
Olha isso aqui não é jongo
Não faz passo longo faz bem miudinho, meu bem
Miudinho.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Lucidez - Fundo de Quintal ao vivo com Jorge Aragão

Depois de ver nossa tentativa de não estragar tanto a música, veja-a por quem sabe...
Gostaria de chamar a atenção para três coisas:

Jorge Aragão, ex e eterno membro do Fundo pedindo a benção de um por um...
O solo de pandeiro inigualável de Bira Presidente
O solo de gaita do maestro Rildo Hora - produtor, flautista e gaitero branco que sempre soube que quem manda no samba é o batuque do negro (outra hora eu boto essa frase genial...)

smac.


Lucidez
Cléber Augusto e Jorge Aragão

Ueraia
Ueraraue... ueraia...

Por favor
Não me olhe assim
Se não
For viver só para mim
Aliás
Se isto aconteceu
Tanto faz
Já me fiz por merecer

Mas cuidado não vá se entregar
Nosso caso não pode vazar
É tão bom se querer
Sem saber como vai ter..mi..nar
Onde a lucidez se aninhar

Pode deixar
Quando a solidão apertar
Olhe pro lado
Olhe pro lado
Que eu estarei por lá